segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

SOBROU PARA EDUCAÇÃO!!!

Após ser reeleita, a presidente Dilma, anunciou no início do ano de 2015 uma série de medidas, cujo objetivo era incentivar novamente o crescimento econômico do Brasil. Além de fazer promessas relacionadas ao campo econômico, a chefe do Estado brasileiro, enfatizou consideravelmente que seu segundo mandato teria como prioridade principal, investimentos maciços na educação. 

No entanto, fatores tais como: escândalos de corrupção voltados á administração pública brasileira, aumento na desvalorização  do Dólar frente ao Real, o aumento nos preços dos alimentos, a baixa produtividade industrial e as demissões em massa nas montadoras de automóveis ,contribuiu para desaceleração econômica, cujo resultado foi á inflação.

Por conta desses acontecimentos , o Estado brasileiro nesse início de ano, anunciou uma série de cortes,  uma diminuição de 1/18 avos, equivalente a 33% das receitas fornecidas aos Ministérios. O Ministério da Educação é a pasta que apresenta mais "investimentos". Por conta do ajusto fiscal (medida de racionalização econômica do governo), o referido Ministério sofreu um corte no valor de 7 bilhões de reais.


Consideravelmente, o governo precisa fazer essa política de austeridade para está com as contas em dias. Entretanto, é inviável que a educação tenha a perda desse montante equivalente à sete bilhões. Além disso, é muito contraditório quando determinado grupo político acaba de ser reeleito, tendo a educação como enfase e posteriormente diminui a quantidade de capital a ser investido.

Atualmente, o Estado Brasileiro vive uma crise estrutural e identitária no que se refere ao modelo de fazer educação escolar. Quando refere-se  a questão estrutural, boa parte das nossas escolas ainda estão aquém do modelo da educação materializado nos países do capitalismo central. Por outro lado, a educação brasileira vive uma crise identitária, pois os jovens não estão se identificando com o tipo de currículo oferecido nas escolas e vive e versa, o que acaba ocasionando um caos relacionado aos processos avaliativos. Outra problemática  avassaladora está relacionado a valorização dos profissionais da educação, a partir de que momento o professor será valorizado, realmente? Com o corte dessas receitas, de que lugar virá capital para investir em estrutura para formar profissionais qualificados? Como será feito essa receita? Aliás, qual é a fórmula mágica?

Sabemos que o Ministério do Planejamento, pasta responsável por fazer esses cortes, voltado ao ajuste fiscal apresentam pessoas capacitadas e cientes da questão financeira do país. No entanto, se quisermos ter um país líder no cenário geopolítico regional, no qual apresentem pessoas letradas e especializadas, investir em educação é fundamental.

O Brasil é um dos países que apresentam uma das maiores quantidades de Ministérios no mundo. São 39 Ministros para 24 Ministérios. Só o nosso país tem mais Ministérios  do que Estados Unidos e Chile, juntos. É importante salientar, que o modelo de gestão neoliberal desses países , são mais eficazes e eficientes .

Acredito que o Estado brasileiro, deveria diminuir o número de Ministérios, isso com certeza, diminuirá gastos e filtraria mais as ações. Outra questão colocada, mesmo que não esteja ligado ao poder executivo, deveria diminuir gastos com o poder legislativo que é um dos parlamentos mais caros do mundo. Isso ajudaria na economia, e consequentemente esse dinheiro economizado poderia ser investido em outras áreas.

Por isso, educação é fundamental para evolução crítico e social do ser humano. É através da educação que eliminamos os determinismos, realizamos os possibilismos, fazemos a mobilidade de classes e transformamos á sociedade de reprodutora para pensadora.

POR: ECÍRIO BARRETO.´.

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